sábado

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Com todo o respeito que as pessoas obesas merecem (e há algumas aqui na Redação), a pergunta que não quer calar é aquela que eles fazem incessantemente e insistentemente na propaganda das senhoras obesas que querem ser magras: "O que você faria com alguns quilos a menos?" Bem, eu já não consigo mais assistir televisão que à toda hora aparece a tal pergunta.

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[foto/André Corman] Vista superior do playground do prédio (previamente esvaziado por medida de segurança) de onde será jogado o saco plástico com os quilos a mais

Então vou responder em nome de todos, a resposta que está no subconsciente de todos, mas que ninguém se atreve a responder, mas todos gostariam que alguém respondesse de uma vez por todas:

PERGUNTA: O que você faria com alguns quilos a menos?
RESPOSTA: Colocaria em um saco plástico e jogaria lá de cima do meu prédio só para ver aquela porquêra toda de gordura estourar lá em baixo.

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[foto/André Corman] Vista superior do playground do prédio após ser jogada toda a porquêra da gordura a mais. E com isso surge uma nova pergunta que não quer calar

Pronto, agora todos podemos ficar mais descansados. Ok, satisfeito, sr. Abeso? Ponto final a esta pergunta que martirizava a todos os telespectadores que vivem no Brasil.
Mas como uma pergunta leva à outra pergunta, a pergunta que não quer calar agora é: quem vai limpar toda aquela porquêra de gordura no playground? Aposto que não vai ser a Abeso. Só de pensar fico me coçando todo.
Maicol Mad Dog - Secretário

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quarta-feira

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Pobres garotas que posam nuas para as revistas, agora elas começam a ser acometidas de moléstias trabalhistas.
Assim como os trabalhadores das minas de carvão que, ao longo dos anos, acabam por sofrer dos pulmões, os pescadores que desenvolvem rugas precoces devido ao excesso de sal e Sol e os políticos depois de um mandato têm os seus bolsos amplamente dilatados por dinheiro, as pobres garotas que posam nuas sofrem de um mal trabalhista causado pela contínua repetição de posição torcicolis-estática-incômoda.

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[foto/arquivo] As moléstias trabalhistas já chegaram às revistas masculinas, tornando penoso o trabalho das moças que mostram a derrière

Explicando melhor: praticamente todas as pobres garotas que posam nuas ficam de costas para a câmera, mas com o rosto virado para trás (ou seja, para o leitor). É mais ou menos como propaganda de automóvel: só mostram a traseira. Só que os automóveis não viram para mostrar a frente ao mesmo tempo que a traseira. Assim; como se já não bastasse todo o sofrimento de passar no caixa para retirar uma grande soma de dinheiro, depois de ter tirado a roupa em algum paraíso tropical, elas ainda têm que sofrer de dores no pescoço causadas por um movimento de torção anti-natural ao ser humano. E pior: enquanto torcem o pescoço, ao mesmo tempo elas têm que sorrir para a câmera. Resumo: elas não gostam da torcida.
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[foto/arquivo] A sociedade e o Sindipeladas deveriam exigir uma lei para o uso obrigatório deTorcicol antes que a situação trabalhista das moças se torne ainda mais insalúbre

Pensamos que o Sindicado das Garotas que Posam Sem Roupa (como não sou do ramo penso que deve ser algo como o Sindipeladas) deveria exigir dos patrões um Adicional de Insalubridade inerente às profissões de risco, como por exemplo os mergulhadores das plataformas submarinas. Além disso, deveriam exigir um abono especial no cachet para a compra de tubos de Torcicol para amenizar a dor. E claro, a presença de um massagista de plantão no set de fotografia (não o massagista que está no set participando da foto, e sim um massagista de verdade. Este massagista, entre uma foto e outra, teria a função de massagear o pescoço das pobres garotas, que teriam assim as suas dores aliviadas.
Penso que se existir uma Associação de Amigos das Revistas de Sacanagem (quem sabe seja algo como a Amasacanagem) ela deveria se pronunciar à respeito, porque assim teríamos uma sociedade tão saudável quanto as garotas que posam nuas.
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[foto/arquivo] Agora, as fotos são só de traseira. Com isso os faróis e as piriquitas sumiram e o triângulo das bermudas está em vias de extinção

Mas este não é o único mal que assola este mercado. Há mais dois efeitos colaterais devido à contínua pose de "rosto-e-traseira viradas para o leitor ao mesmo tempo":

1. As piriquitas já não aparecem mais nas fotos, só na ruas (ver matéria mais abaixo "A Piriquita-Apertada", sucesso de leitura). A cada frase "olha o passarinho" antes do clic, a piriquita não é mais clicada, só a traseira. Com isso, o triângulo das bermudas está em vias de extinção
2. Hoje em dia é difícil o leitor, ao comprar uma revista, distinguir entre qual é a revista masculina e qual é a revista de automóveis, porque as fotos dos dois tipos de revista são praticamente iguais, mostrando a traseira

Outra questão relacionada à posar nua, se refere à descrição (porque discrição não combina com este métier) profissional do ofício de posar sem roupas. Desde os primórdios as pobres moças eram descritas como fazendo o serviço de “tirar fotos peladas”, Com o tempo o serviço prestado evoluiu para o têrmo “posar nuas” que foi aceito pela sociedade. Mas de uns tempos para cá, algum linguísta (no bom sentido) inventou propositalmente um novo têrmo e agora as garotas não posam mais nuas: “elas fazem um ensaio fotográfico”. Mas que bobajada é esta? Ensaio? Ensaio de que? Se elas já estão nuas em pêlo quando já estão nas bancas. Quem inventou tamanha cretinice só pode ter sido um banana. Se o motivo foi dar maior status às garotas, perdão, mas a expressão ficou sem efeito: elas continuam posando sem roupas e mostrando a derrière e demais adereços.
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[foto/arquivo] Hoje em dia o leitor está confuso e desorientado: já não distingue entre uma revista de automóveis (esquerda) e uma revista masculina (direita): os dois produtos são mostrados da mesma forma

Na verdade, os únicos que utilizam a expressão-bobagem "ensaio-fotográfico" são os Homens-Bananas (ver matéria mais abaixo "Eles estão virando uns bananas") que usam esta expressão como uma desculpa-modernette. Isso porque não têm a coragem de assumir seus instintos para a sociedade, e tem medo de simplesmente dizer que querem ver mulheres nuas. E se isso fôsse realmente um “ensaio fotográfico” então quer dizer que a revista guardou para ela as fotos depois do ensaio, as fotos do “agora é prá valer?” Então, neste caso, a dita "Amasacanagem" deve, em nome do Estado de Direito em que vivemos, exigir que todas as fotos depois do ensaio sejam publicadas imediatamente e de forma retroativa (retroativa só para as garotas que posaram mostrando a traseira, as demais estão dispensadas). E que parem imediatamente com essa bobajada de chamar as fotos de “ensaios”. Ou a saciedade civil (perdão, quisemos dizer sociedade) se movimentará e acionará todos os velhinhos decrépitos da Academia Brasileira de Letras que, como uma legião romana movida por viagra, invadirá os tais “ensaios fotográficos” e colocarão todos os pingos nos Is delas. Mas apesar de todos estes problemas trabalhistas resta uma constatação: as mulheres brasileiras (excetuando-se as modelos que ganham para desfilar trotar, sempre enjoadinhas, claro, e com carinha de quem comeu e não gostou) são as melhores do mundo. Por este motivo o The Del Gatto Times lança a campanha:

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Maya J. Times - Diretora Editorial

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terça-feira

sucesso
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O National Geographic é aquele canal que paga para o pessoal virar picolé nos picos do Himalaia ou fica bisbilhotando a vida sexual dos animais da África. Para falar a verdade, até que é legal, isso tudo, mas mesmo assim eu não sei o que os animais preferem mais: se o tempo em que eles levavam tiro dos caçadores ou agora em que eles sempre tem em volta um homem com uma câmera

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[foto/Del Gatto] Vista gelada dos Himalaias, tendo na parte inferior os acampamentos do Nat Gío

zanzando de lá para cá e fotografando e filmando a vida deles o tempo todo. E no Serengeti o mais em moda dos parques da savana, os bichos devem estar se coçando de nervoso com tudo isso. Se coloquem na vida de um bicho destes: eles vivem um constante bigbróder na savana: se vai comer, lá está a câmera, se vai beber água no riacho, lá está a câmera, se vai fazer sexo com outro bicho, lá estão eles filmando de novo, se nascem os filhotes, lá está o sujeito filmando e fotografando, dia e noite. Claro, todos nós gostamos da tal espingardinha que eles usam no filme. Aquela em que o sujeito dá o tiro e todos nós sofremos pensando que matou o bicho. Mas depois que vemos que é injeçãozinha para dormir, ficamos felizes pra burro. Quer saber? Para falar a verdade mesmo, é uma cena terna. E os bichos ficam mais felizes ainda porque tem pelo menos um momento de descanso para dormir sem câmeras apontando para eles. Mas tirando isso o resto é um aproveitamento mesmo. E pior: os bichos não ganham porquêra nenhuma de dinheiro. Acho que se fôsse um destes animais preferia mesmo os velhos tempos: levar um tiro e pronto, não tinha mais sofrimento nenhum de ninguém apontar uma câmera para mim a todo momento. E ainda tinha a vantagem dos parentes dos bichos se orgulharem dele, falar que ele foi um mártir, que morreu e que agora está empalhado em um castelo da Europa. E depois que eles acabassem com os animais, poderiam colocar concreto em toda a savana e pronto, um shopping legal na África, o Shopping Savana.
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[foto/arquivo] Vista do futuro Shopping Savana: o fim do sofrimento dos animais selvagens

E o National Geographic viraria TV Shopping National Geographic. E daí ficaria vendendo todo o artesanato que o povo de lá faz. Aí eles nem precisariam emigrar para a Europa e ficar sofrendo os tubos. Tá bom, não pode esquecer de deixar uma parte de asfalto na savana que é para o pessoal ficar andando de lá para cá de Land Rover, dando cavalo-de-pau e bebendo cerveja, porque ninguém é de ferro no calor que faz lá. Mas tudo isso é uma porquêrinha perto do que está acontecendo. Agora o National Geographic não é mais National Geographic. Já não bastava os colonizadinhos falarem as porquêras de palavras petshop, delivery, tower ao invés de edifício, o asqueroso sale ao invés de liquidação (porque não usam, o simpático "liqui"?) e o tal do pay-per-view (quando tem o pagar-para-ver). Vai ver que as TVs usam o tal pay-per-view que é para o sujeito (que acha que sabe inglês mas no fundo não sabe nada, está na fase hot-dog e nem chegou ainda no nível do the book is on the table) pagar de vez aquela tralha de programação e nem saber que o serviço é pago. Mas se depois ele souber que o tal pay-per-view é pago, não vai dizer nada para os amigos, ah, isso não vai não: vai botar banca, enrolar a língua e pronunciar o tal de pay-per-view antes de pedir o tal delivery, enquanto a mulher ainda não voltou de torrar o dinheiro na tal sale das lojas e o cachorro não está mais com catinga porque já voltou do petshop. Eu fico me coçando todo de nervoso com tanta pamonhíce.
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[foto/Del Gatto] Bebê selvagem recém-nascido já é assediado pelas câmeras e participa no bigbróder da savana

Mas não importa, como ia dizendo, o National Geographic não é mais National Geographic. Alguém lá na sede da empresa deles, lá do lado de cima do planeta, resolveu que nós devíamos falar uma baboseira a mais. E lascaram uma que realmente não é fácil. Então você liga a televisão e escuta: "Veja o tal programa dos bichos no.....Nat Gío." É, é isso mesmo, essa porquêra toda. Agora eles cortaram as tais palavras do nome e ficou assim: National=Nat e Geographic=Geo. Só que a pronúncia é Gío. Só de escutar fico com o ouvido doendo, e é a toda hora, até entrar bem fundinho em alguns cérebros-que-adoram-palavrinhas-pamonhas: é Nat Gío pra cá, Nat Gío pra lá, é Nat Gío à toda hora na programação. Até admito o Giorgio Armani ser chamado de Gío, sabe como é, com os amigos dele na intimidade comendo uma lasanha na casa dele, aí tá bom. Mas aquilo dele andar sempre de preto é complicado, porque comer aquela lasanha no Verão e vestido de preto, ah, não dá não, é fogo. Mas ele deve ter ar condicionado e aí a coisa fica resolvida. De qualquer modo, como dizia sobre a tal pamonheira do Nat Gío, vá até o até o site www.natgeo.com.br, procure o e-mail info@fox.com e escreva reclamando que aquela pronúncia é uma baboseira, que nós não somos tontos para engolir aquilo e que voltem a falar National Geographic (já que na Inglaterra eles fariam a mesma coisa). Eu sei que fica mais fácil fazer pseudo-protestos como se entupir de bebida no Hard Rock Cafe e depois vestir a camiseta-pamonha "Save the Planet" e fingir que está salvando o planeta só porque encheu a cara de bebida. E depois é aproveitar o embalo e entregar a presidência da ONU para os Hooligans, pronto. Mas o fato é que o pessoal lá do Nat Gío deve estar rindo da cara de pamonha de algumas pessoas fazendo pose de cultos e tentando pronunciar as tais palavras Nat Gío. O tal locutor eu ainda perdôo, porque está trabalhando e daí tem que ganhar o dinheiro dele, sustentar a família, ou então ele trabalha de dia e estuda à noite em um supletivo. Mas se fôr um folgado que vai gastar tudo em cerveja para pronunciar o tal Nat Gío, então nem quero saber, fico com coceira e suando só de pensar em encontrar ele na rua falando o Nat Gío.
Quem é decente e sabe um pouco da nossa língua, quando escuta Nat Gío sofre mais que a tal cena da gazela ou da zebra que é apanhada pelo leão que eles mostram. Porquê sempre tem esta tal cena da zebra apanhada pelo leão?? Todo mundo sabe o que vai acontecer, mas mesmo assim eles mostram sempre a mesma cena, principalmente na hora do pessoal jantar.
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[foto/arquivo] A tal da zebrinha sempre sendo massacrada bem na hora em que estamos mastigando o frango do jantar

Aí temos que ver o leão despedaçando a tal da zebra. Essa cena é um nojo e deve servir para o pessoal perder logo o apetite. Sei lá, vai ver que o dono do tal Nat Gío no fundo é um vegetariano e o tal canal é uma propaganda subliminar para todo o mundo se converter ao vegetarianismo. Pode ser vegetariano, mas ficar mastigando mil vezes a comida até ela ficar uma pasta salivada, ah isso não. Mas pior do que isso, só a cena dos tais insetos que eles sempre mostram soltando uma baba nojenta. Ah, isso na hora do jantar é batata. Parece que tem um sujeito na tal empresa do Nat Gío que é contratado especialmente para isso. Alguém entra na hora do jantar no Nat Gío e grita para o tal do John, o responsável pela programação na hora do jantar "passa o filme dos insetos com a baba nojenta que já é hora do jantar dos telespectadores!!" E lá vai o John e passa o filme asqueroso daqueles insetos babando enquanto enquanto ele mastiga um fish and chips gordurento. E se não for o filme do inseto babando não tem problema: tem sempre o tal filme do louva-a-deus com aqueles olhos esbugalhados e todo verde, comendo a cabeça da namorada em close, justo quando estamos enfiando pela goela abaixo o frango juntamente com a tal palavra Nat Gío. Ai, sinto uma coceira danada só de pensar nisso tudo.
Maicol Mad Dog - Secretário

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